A limpeza da antiga chácara do Melitão, no centro. Conforme dados da Diretoria de Saúde, de 1º de janeiro a 13 de março foram registrados 22 casos de dengue em Vargem Grande, confirmados oficialmente pelo Instituto Adolf Lutz. Destes casos, 15 são autóctones (adquiridos em Vargem) e sete são importados (pessoas infectadas em outras cidades). Ao todo, são 80 notificações, com 57 pessoas aguardando resultado de exames e um caso negativo. A grande maioria dos casos confirmados reside no centro, outros trabalham no centro, e residem em outros bairros, o que não significa que os casos podem aparecer somente no Centro. Já, as pessoas com suspeita de dengue residem em vários pontos da cidade (Jd. Fortaleza, Santa Marta, São Lucas, Santana). É fundamental que as pessoas com suspeita de terem adquirido dengue dirijam-se ao Centro de Saúde para orientação e para marcar a coleta de material para exame. No órgão de saúde, ela será orientada e fornecerá informações importantes para o controle da dengue, isto porque a dengue é uma doença de notificação obrigatória aos serviços de saúde para que as medidas de controle sejam tomadas, caso contrário a doença tende a aumentar e dificultar as ações. Atualmente, após a coleta e o envio de material para exame, os resultados levam cerca de uma semana, devido à grande demanda em várias cidades. Bloqueio e nebulização Após detectado o primeiro caso no centro da cidade, a Vigilância Epidemiológica realizou uma ação de Bloqueio e Controle de Criadouros (BCC), que busca e elimina criadouros de mosquito e detecta eventuais suspeitos de portarem a doença numa área de nove quarteirões em torno do primeiro caso. Um mês depois, com o surgimento de mais dois casos notificados na mesma região, foi realizado um novo bloqueio, quando se encontrou criadouros com larvas do mosquito. Técnicos da Vigilância e da Sucen (Superintendência do Controle de Endemias) efetuaram nebulização na mesma área, com a aplicação de inseticida para eliminar o mosquito alado. Nos dias 5 e 6 de março, foi realizado outro bloqueio no centro, abrangendo 46 quarteirões, ao redor dos casos positivos e suspeitos. Ainda na semana que passou, a área conhecida como a antiga chácara do Militão foi limpa pela Prefeitura, com entrada de máquinas para retirar o mato e fazer vazar a água empoçada no local. Ali, uma grande quantidade de lixo depositada pela população contribui para a formação de criadouros. Neste sábado, a Vigilância vai nebulizar as escolas que ficam no centro da cidade e, na próxima semana, outras áreas que circundem os casos suspeitos. De acordo com informações do Departamento de Saúde, em 2010 Vargem registrou 34 casos positivos da doença, com poucos casos em 2011 e 2012. A previsão que o país teria um aumento expressivo de casos em 2013 está se confirmando, não apenas no município, como em outras cidades da região (Mococa tem 86 casos positivos, Leme, 1020 até o dia 11, entre outras cidades). Mutirão e arrastão contra a dengue O Mutirão de Limpeza e Arrastão Contra a Dengue é realizado há vários anos pela Prefeitura em Vargem, como medida de prevenção e combate à doença. É uma ação que envolve o Departamento de Saúde, e as Vigilâncias Epidemiológicas e Sanitárias, os agentes comunitários de Saúde e as equipes do Departamento de Serviços Urbanos e Rurais. O mutirão sempre é feito de acordo com os relatórios produzidos pelos agentes comunitários que visitam todos os meses as residências; assim como as informações colhidas pelos agentes de Combate a Endemias que visitam a cada 15 dias os chamados os imóveis especiais, que são locais de grande circulação de pessoais, e os pontos estratégicos, locais mais vulneráveis ao aparecimento de criadouros do mosquito da Dengue, como por exemplo, oficinas, borracharias, indústrias etc. Poucas cidades da região realizam este trabalho de mutirão e arrastão, principalmente no prazo de 6 meses como é feito em Vargem, um antes da entrada do período chuvoso no mês de novembro, e outro no período crítico e mais intenso da Dengue, em março. O mutirão/arrastão é feito considerando também as características de cada bairro, regiões mais vulneráveis pela maior concentração de imóveis por quarteirão, maior número de moradores por residência e onde a maioria dos moradores da residência trabalha fora, ficando a residência fechada ao agente de saúde. Uma luta de todos A maior dificuldade enfrentada no combate à dengue, segundo a Vigilância Epidemiológica e Sanitária, é o convencimento da população sobre mudanças de hábitos simples, como não armazenar água em recipientes sem tampa, em pratinho do vaso de planta, não jogar lixo em terrenos, principalmente recipientes que acumulem água. Manter terrenos sujos, com mato, impede que se veja recipientes juntando água, formando criadouros. O trabalho contra a Dengue é diário e deve durar o ano inteiro. Quando o mosquito deposita seus ovos em recipientes com água, estes ovos colam nas paredes da vasilha e podem permanecer ali por até um ano, com capacidade para gerar a larva do mosquito. Daí a importância de não somente retirar a água dos recipientes como também limpa-los com bucha ou panos. Para combater a dengue com eficiência é necessário um trabalho em conjunto com toda a população evitando deixar criadouros dentro de casa, terrenos sujos e lixos no quintal. É necessário que a população colabore como arrastão, que receba os agentes e siga as orientações passadas por eles. Datas e locais do mutirão O arrastão contra a dengue já percorreu todos os bairros acima do asfalto e entre os dias 11 e 14 de março. Na sexta-feira, 15, o arrastão percorreu a Vila Santa Terezinha, Jardins Paraíso I e II e Jardim Iracema. Confira a agenda do arrastão até o dia 22: Dia da coleta Local 18/03 Vila Santana, Jd. São Luis, Jd. São Joaquim 19/03 Jd. Pacaembu, Jd. Morumbi, Centro 20/03 Jd. São Paulo, Centro 21/03 Jd. São Lucas, Jd. Bela Vista, Vila Polar 22/03 Jd. Fortaleza, Cohab II, Jd. Redentor.
Vargem Grande do Sul