A Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) apresentou nesta semana seu relatório de investigação de foco de carrapatos na Barragem Eduíno Sbardellini. No mês passado, uma equipe esteve no local e instalou armadilhas para capturar exemplares do aracnídeo e averiguar se há incidência da febre maculosa brasileira (FMB). O estudo foi solicitado pela Prefeitura, através do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente. A Barragem Eduíno Sbardellini é uma área aberta, utilizada pela população para a realização de caminhadas, esportes, além da prática de pesca e outras atividades recreativas. De acordo com a SUCEN observa-se no local cerca de 30 capivaras. Nas armadilhas instaladas de CO² e arrasto foram encontrados exemplares de carrapatos do gênero Amblyomma – conhecido popularmente como carrapato-estrela. Ao analisar as espécies, o órgão classificou a represa como uma área predisposta para febre maculosa brasileira. Segundo o órgão, considera-se área predisposta aquela que possui frequência de pessoas, além da presença destes tipos de carrapatos e de animais que sejam hospedeiros da bactéria Rickettsia rickettsii , causadora da doença. A SUCEN destaca que será mantida a classificação como área predisposta até que seja realizada a pesquisa sorológica para subsidiar a re-classificação do local, baseando-se na circulação da bactéria em capivaras e outros animais silvestres. O órgão ainda relata a importância da divulgação das informações de medidas de prevenção para moradores próximos e frequentadores da barragem, além da suspeição de casos advindos desta área pela Rede Municipal de Saúde. Para a localidade, a orientação é que sejam colocadas placas de advertência sobre a febre maculosa. RECOMENDAÇÕES DA SUCEN Durante as atividades de lazer – Evitar caminhar, sentar ou deitar em áreas com avisos de infestação por carrapatos. – Cobrir o corpo com roupas longas e claras, mantendo a calça dentro das meias. – Vistoriar o corpo minuciosamente a cada duas ou três horas em busca de sinais de picada de carrapatos. – Verificar a presença da forma imatura do carrapato (micuim), pois seu tamanho bastante reduzido é de difícil visualização. – Se for passear com seu cachorro, use coleira ou dê banho carrapaticida, sempre seguindo as normas do manual de Vigilância Acarológica da SUCEN, disponibilizado no site www.sucen.sp.gov.br. Recomendações para carrapatos fixados à pele – Tomar banho quente utilizando bucha vegetal sempre que possível. – Fazer uso de uma pinça, quando possível, procurando remover carrapatos ou micuins com pequenas torções. – Não espremer o carrapato com as unhas, evitando assim a contaminação. – Na tentativa de removê-los, não encostar objetos aquecidos como fósforos, cigarro ou agulhas. – Procurar o serviço médico caso tenha algum sintoma (febre alta, dor de cabeça, aparecimento de pontinhos avermelhados na palma das mãos e sola dos pés, dores no corpo, costas e barriga da perna). Lembrar aos profissionais de saúde – auxiliar, enfermeiro ou médico – que foi parasitado por carrapato, pois isto pode facilitar o rápido diagnóstico para a febre maculosa. – Não há estudos que demonstrem a efetividade do uso de repelentes para carrapatos. – Estar sempre atento ao entrar em áreas de mata..
Vargem Grande do Sul