O Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Vargem Grande do Sul realizou pela primeira vez, nos dias 6 e 7 de março, uma capacitação com os professores da rede municipal de ensino, que lecionam do 1º ao 5º ano. Foram realizadas atividades nas áreas de Ciências, Matemática, Arte, História, Geografia e Educação Física nas escolas Antonio Coury e Professor Henrique Brito de Novaes e também na Associação Comercial e Industrial e no Centro Educacional e Esportivo Nicola Ranzani. O objetivo do projeto é habilitar os profissionais com as apostilas do sistema Anglo, além de ajudá-los a trabalhar com alunos com necessidades especiais. Na quinta-feira (6), foi realizada uma atividade com os profissionais da área de Educação Física, ocasião em que responsáveis do Centro Universitário UniSant’Anna, de São Paulo, mostraram como trabalhar com alunos que possuem necessidades especiais. “Não adianta falar como são esses casos. É necessário mostrar e sentir. O professor precisa ter a sensibilidade que o aluno possui”, disse a assessora pedagógica Andrea Costa Taramelli. Segundo dados do Departamento de Educação, Vargem Grande do Sul possui em média 70 crianças com necessidades especiais, portadoras de Síndrome de Down, autismo, entre outros quadros. Os profissionais, que mostraram atividades de basquete para cadeirantes, além de críquete e futebol para deficientes visuais, elogiaram a estrutura vargengrandense. “Vargem tem uma ótima estrutura para acolher as crianças com necessidades especiais, além de um ótimo material esportivo”, disse o gerente de Esportes da UniSant’Anna, Cesar Farid Haddad. Também esteve presente o atleta Ademir Pereira, campeão brasileiro de vela adaptada. O esportista contou que sofreu um acidente com bala perdida que atingiu sua medula em 1991, aos 21 anos. Durante o tratamento na AACD em São Paulo, conheceu uma pessoa que trabalhava no Centro Olímpico, onde começou a praticar atividades esportivas. Ademir, que foi o primeiro brasileiro a velejar em vela paraolímpica, expressou sua alegria com a atividade realizada. “Essa atividade é muito legal porque é bom para as pessoas conhecerem as dificuldades de um deficiente físico, porque eles acham que somos ETs. Como a pessoa não vive isso, ela acha que nada é verdade. E atividades como essas são boas para manter a integração e, assim, os profissionais podem ver o deficiente físico de modo real”..
Vargem Grande do Sul