Os dois tubos de despejo(um em PVC e outro de barro) encontrados no dia 9 Após a comprovação da denúncia de despejo clandestino de esgoto no lago da Barragem Eduíno  Sbardellini, na quarta-feira, dia 3, o prefeito Celso Itaroti determinou ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAE)  a verificação de possíveis outros pontos de ligação de esgotos em todo o entorno da represa. A partir do sábado, dia 6, o SAE iniciou a escavação ao longo das margens da represa e na terça-feira, dia 9, foram encontrados mais dois canos, bem próximos um do outro (1 metro), enterrados também a 1,5 m de profundidade e há cerca de 200 metros da primeira tubulação, achada no dia 3. Um dos dutos era de PVC e outro de barro e provinham de área onde funciona uma cerâmica. A Prefeitura comunicou a Cetesb, que deve vistoriar o local e encaminhar providências, visto que a atividade empresarial naquela área é licenciável. Ainda na semana que passou a Prefeitura também interditou o terreno e as atividades da sede dos escoteiros, instalada em área do município. Ali o esgoto vai para uma fossa e, a seguir, despejado na represa. Foi colhida água de todos os pontos de despejo encontrados até agora para exames laboratoriais. O trabalho de verificação de pontos clandestinos de despejo de esgoto prossegue na próxima semana.  Para o prefeito Celso Itaroti, houve grande descaso com a população, Isto porque no primeiro ponto encontrado, dia 3, o proprietário da área informou que a própria Prefeitura, na gestão do ex-prefeito Celso Ribeiro, instalou a tubulação clandestina que vai de sua chácara à represa. Na época, quando parte destas propriedades foi desapropriada para a construção da barragem, um dos funcionários encarregados das obras informou ao morador que a tubulação irregular seria provisória e que o prefeito da época iria coletar, tubular e jogar o esgoto de todos as chácaras em uma área após a ponte no rio Verde, ao lado do Bosque Municipal. Para o prefeito Celso Itaroti “é lamentável que uma situação como esta, criada pela própria Prefeitura durante a construção da represa, tenha se mantido por tantos anos, sem solução. E bem escondida, debaixo da terra, enquanto a água que serve a cidade recebia esgoto in natura, poluindo o cartão postal da cidade. É claro que após tratamento, a água torna-se potável e sem qualquer risco à população. Porém, é irregular despejar esgoto clandestino na barragem e todos os pontos de despejo serão eliminados. Também é lamentável que, no passado, mais de uma vez eu denunciei esta irregularidade e nada foi feito”, disse o prefeito..