Expectativa é a geração de 100 novos postos de trabalho na cidade nos próximos dois anos Foi aprovado pelos vereadores em sessão extraordinária realizada na quinta-feira, dia 13 de julho, a doação de lotes no Distrito Industrial José Aparecido da Fonseca – Tota, para a empresa Ric Comércio Atacadista de Algodão LTDA EPP. A empresa, com sede no Mato Grosso, abrirá uma filial em Vargem Grande do Sul com previsão de gerar inicialmente 60 empregos, chegando a 100 em dois anos. A vinda da empresa para a cidade foi resultado de um trabalho realizado desde o início do ano pela prefeitura, através do Departamento de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho. De acordo com o projeto de lei aprovado, serão doados quatro lotes somando cerca de 6,7 mil metros quadrados, avaliados em R$ 674 mil. Com a aprovação da proposta, a empresa deverá investir na construção de bens imóveis em no mínimo 25% da área a ser doada, com início de obras em no máximo 90 dias após a assinatura do contrato de doação. A empresa deverá estar funcionando dentro de 24 meses após a assinatura do contrato e todo o faturamento deverá ser praticado no município. Somente após cumprido todos os requisitos é que será lavrada a escritura de doação em definitivo. O prefeito Amarildo Duzi Moraes mostrou-se animado com a aprovação dos vereadores. Para ele, a economia brasileira começa a dar mostra de recuperação e Vargem Grande do Sul está preparada para receber novas empresas graças aos investimentos realizados no novo Distrito Industrial. A empresa Com sede em Campo Verde (MT), a Ric Comércio Atacadista de Algodão irá implantar uma filiar em Vargem Grande do Sul. Tem tradição no comércio de algodão em pluma e fabricação de fios têxteis. Ela foi constituída em 2007 e cinco anos depois passou a fazer parte da sociedade o empresário Ricardo Nunes de Souza, atual sócio majoritário do empreendimento e responsável por sua administração. Ela está situada em uma das principais regiões produtoras de algodão do país e começou comercializando este produto beneficiado para todo o país. Em 2013, passou a produzir fios adquirindo maquinários, construindo novos galpões, ampliando a frota e investindo na qualificação de mão de obra, abrindo a primeira unidade fabril em Campo Verde. No ano passado, ampliou os negócios, aumentando o corpo de funcionários e abrindo a primeira filial também em Campo Verde. A produção é voltada para o Sul do Brasil, onde estão os maiores polos têxteis do país, principalmente em Santa Catarina. Conforme o informado pelo prefeito Amarildo Duzi Moraes (PSDB) na justificativa enviada ao Legislativo, visando expandir e focando no mercado têxtil do Sudeste e cidades produtoras como Americana, que não é muito distante de Vargem, decidiram investir na segunda filial. Investimentos Para a nova unidade em Vargem Grande do Sul, serão importadas da Alemanha, nove máquinas de alta tecnologia da marca Ritter, medindo 67 metros de comprimento com 480 fusos, com capacidade para produzir 1,8 mil quilos de fios de algodão por dia. Também será necessário a compra de outros equipamentos para a produção, exigindo mão de obra que será treinada em Vargem. A Ric Comércio Atacadista de Algodão conta com 65 colaboradores diretos e indiretos, sendo que 24 mantém registro direto com a empresa. De acordo com o relatado na justificativa do projeto de lei, a previsão com a instalação da filial é gerar 60 empregos na fase de implantação atingindo após dois anos 100 postos de trabalho entre empregos diretos e indiretos. A previsão de faturamento da empresa para 2019 é de R$ 100 milhões, com projeção de R$ 120 milhões no exercício de 2020 e R$ 130 milhões para 2021. Os proprietários estimam um investimento na ordem de R$ 35 milhões, sendo R$ 4 milhões para a construção do novo parque fabril e R$ 31 milhões na aquisição de equipamentos. Negociação O Departamento de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, dirigido por Tadeu Fernando Ligabue, tem tratado com a empresa desde o início do ano. Várias reuniões foram feitas para a discussão do tamanho da área solicitada, entre outros pontos. Após deliberações, inclusive entre os proprietários da empresa e o prefeito Amarildo, foram adequadas as necessidades da empresa ao Distrito Industrial, bem como sobre o que dispõe a lei que visa os benefícios a serem gerados ao município, sempre diante o interesse público. De acordo com a justificativa, pelo grande potencial da empresa, o consequente aumento da arrecadação municipal, a criação de novos postos de trabalho e pela regularidade da documentação apresentada, foi verificada a conveniência da doação dos terrenos. A prefeitura ainda determinou a reserva de um lote ao lado da empresa para a construção de seu pátio de expedição e manobras. Uma lei específica sobre esta doação será encaminhada à Câmara após o cumprimento da empresa dos investimentos iniciais. Inicialmente será construído um galpão de cinco mil metros quadrados, com escritório, laboratório, refeitório, almoxarifado, oficina, vestiários e pátio. Em um segundo momento, será construído um galpão de aproximadamente mil metros quadrados para a expedição e logística do produto acabado..