A exemplo de outros municípios, Vargem também apresenta níveis críticos no reservatório que abastece a cidade. A água da represa já está abaixo do vertedouro (bico de pato) e o leito do Rio Verde, logo abaixo da represa, está praticamente seco. O uso racional da água passou a ser uma necessidade em nosso município, com a conscientização da população para evitar o desperdício, alerta Sandro Luis Chiavegato, superintendente do SAE – “A situação já exige uma maior conscientização da população sobre o uso racional da água, sem desperdício. Recebemos várias ligações por dia de lavagem de calçadas, de lavagem demorada de veículos. Nossos fiscais têm visto estas ocorrências. Não podemos desperdiçar, porque nossa capacidade de abastecimento é limitada, como todo município da região. Outra agravante: nos últimos anos, vários loteamentos na cidade foram aprovados sem a obrigação de construir-se reservatórios próprios. Todos estes novos bairros também são servidos pelo reservatório da barragem”, destacou o dirigente do SAE. Ainda de acordo com Sandro Chiavegato, já está faltando água na zona rural – “Em Vargem, poços artesianos e cisternas na zona rural estão com níveis muito baixos e são abastecidos por caminhão-pipa”. Campanha para uso racional da água Há dois meses, a Prefeitura iniciou uma campanha para orientar a população contra o desperdício de água, distribuindo folhetos informativos, junto às contas de água, com dicas para economizar no consumo, sem prejuízo do conforto de cada família. São práticas simples, que podem e devem ser incorporadas ao cotidiano, bastando que a população de conscientize da necessidade do uso racional da água. Lei municipal proíbe e multa desperdício Em época de estiagem, é proibido o uso de água tratada fornecida pela rede pública para lavagem de veículos, calçadas e ruas. O morador primeiro é advertido e, na reincidência, multado, conforme a lei municipal nº 2.643, de maio de 2002. O texto da lei vigente está sendo revisado e o valor da multa pode aumentar, diante de várias denúncias recebidas pelo SAE que apontam para o desperdício. Cidades em estado de emergência e com racionamento Em nossa região, os municípios de Tambaú e Casa Branca, com menos de 30 mil habitantes cada um, decretaram estado de emergência, situação prevista em lei em que as prefeituras podem tomar medidas excepcionais para garantir  as atividades básicas da população  (água para alimentação e higiene) e consumo animal. Na região de Ribeirão Preto, outras sete cidades enfrentam racionamento de água e em três destes municípios parte dos moradores são servidos por caminhão-pipa..